Saturday, September 16, 2017

Um regresso... explosivo!

Após um grande hiato, aqui estou, revoltado como sempre.

Mais um vez, neste mundo em que vivemos, alguma enorme besta resolveu que havia de mudar algo que lhe desagradava com um acto de terrorismo, tendo como alvo primordial cidadões inocentes.

SAPO: Londres. “É muito cedo” para saber se suspeito já estava no radar das autoridades

Basicamente, um engenho explosivo artesanal detonou esta sexta-feira (15-9-2017) numa carruagem do metro londrino, produzindo uma bola de fogo que causou ferimentos a vários passageiros. Tiveram sorte, podia ter sido bem pior. Supostamente já prenderam um puto estúpido de 18 anos, quando, suspeita-se, tentava fugir do país.

Não é dada, literalmente, qualquer informação sobre a identidade desse criminoso, nem da respectiva etnia. Com esta fixação, por parte de uma certa esquerda, em branquear actos de certas minorias, é lícito considerar que o jovem fará, efectivamente, parte de uma dessas minorias.

Se não o fosse seguramente já estavam a berrar aos ventos que o acto terrorista tinha sido executado por um britânico de gema, e que sequer ter considerado os suspeitos do costume constituiria um horrível acto de racismo.

Portanto, vou ficar quieto, e à espera de dados que me confirmem que o acto não foi mais uma vez obra de um apoiante da causa terrorista muçulmana.

Monday, October 17, 2016

Manuais escolares gratuitos: a (in)justiça

Sou 100% a favor do estado conceder benesses aos seus cidadãos, na medida do tamanho da carteira do dito estado. Existem muitas causas e iniciativas meritórias, pessoas que deviam ser ajudadas, enfim, um sem número de formas dignas e justificadas de gastar/investir dinheiro. Quando o há.

Por exemplo, qualquer aluno poder ir para um colégio privado, bastando para tal que o deseje (ou os pais), independentemente do nível socioeconómico é algo fantástico. Infelizmente não há dinheiro para isso. Poupar 1/4 de dia de deslocações a uma criança, matriculando-a num colégio privado, por falta de opções públicas, é uma coisa. Agora gastar do nosso dinheirinho para dar lucro a entidades privadas, havendo opções públicas lamento, mas discordo absolutamente.

Tudo isto para dizer que a iniciativa agora anunciada pelo Governo me deixou na boca um travo agridoce...

Referem as notícias que o 
Governo vai ‘oferecer’ manuais a todos os alunos do 1º ao 4º ano mas exclui estudantes dos colégios.
Por um lado acho bem que os alunos cuja presença numa instituição de ensino privada se faça à custa de todos nós, existindo alternativas públicas, esteja completamente excluído desta benesse. Por outro, revolta-me que crianças com uma real necessidade sejam excluídas. E se o Governo estava apostado em que estes abusos dos dinheiros públicos terminassem, porquê esta restrição? Ou será que não tiveram tomatinhos para acabar completamente com a mania de colocar os filhos nos colégios privados por se achar que são melhores estabelecimentos, e outro que pague a conta?

A minha revolta vem do facto de crianças que de facto necessitariam desta medida (e respectivas famílias), serem dela excluídas. Não se pode dizer: "A sua criança não tem estabelecimento de ensino nas proximidades, pode inscrevê-la no ensino privado, que o Estado garante o pagamento, para assegurar justiça no acesso à educação", e depois também dizer "Ah, está no ensino privado, paciência, não tem direito a esta ajudo". É colocar crianças, até famílias, em níveis distintos, mesmo que todos necessitem igualmente!

Wednesday, October 12, 2016

Metro dos Anjos - inimigo da mobilidade reduzida

Cada vez mais parece ser um facto de que falta dinheiro no Governo, falta dinheiro nas autarquias, falta dinheiro aos cidadãos... enfim, falta dinheiro a todos, por mais desmentidos nos sejam apresentados por quem nos governa.

Por exemplo, já vai para mais de um mês que uma escada rolante do metro de Arroios está parada, avariada. Que EU saiba, não parei de pagar, nem a esmagadora maioria dos restantes utentes. Portanto, onde está a manutenção?

Não me interessa se o dinheiro foi para os salários, festas da administração, doações a Fátima, ou para o bolso de alguns espertinhos. O facto é que pago, e exijo e tenho direito a instalações que funcionem, especialmente porque todas as entidades juram a pés juntos para a comunicação social que não há falta de dinheiro...



Até um cidadão (não este que escreve, lamento), resolveu já poupar a Direcção do Metro de Lisboa a embaraços e anunciou o que esta parece não querer dizer:


A quem este assassinato da língua portuguesa confundir, creio que o generoso artista queria comunicar: "Metro em falência por não ter dinheiro para compor esta estaca rolante".

E o cartaz lá continua, assim como a escada sem funcionar. Então há dinheiro para abrir crateras por Lisboa inteira, com a desculpa do turismo, e não se concerta algo efectivamente útil para os cidadãos que PRECISAM de usar este equipamento e pagam impostos, bilhetes, passes, etc?

Sunday, October 9, 2016

Boa sorte, UBER!

Estou aqui eu sentado a matutar, quando vejo uma notícia: "Taxistas prometem parar Lisboa". Ao que parece esses senhores "prometem" que amanhã, uma segunda feira, vão entupir Lisboa com os seus táxis, em protesto contra a actividade da Uber e Cabify...

Não negando que, tal como toda a gente, os taxistas têm todo o direito de de manifestarem as respectivas opiniões, pergunto-me porém se eles gostavam que DEPOIS DE AMANHÃ os cidadãos de todas as outras áreas de actividade cuja vida eles vão lixar com F grande no dia anterior lhes bloqueassem as saídas das praças de táxis. Eles protestam contra algo que a sociedade em geral já indicou que quer que aconteça (de tal forma que a legislação vai ser mudada para acomodar tal), e a sociedade dava a entender que discordava do ponto de vista deles da mesma forma.

Não estou a dizer que os taxistas são todos uma horda de FDP mal-criados pouco civilizados, como muita gente diz. Regra geral são o contrário. Mas mesmo assim, quem são eles para por si só se oporem à vontade DA MAIORIA DO RESTO DA SOCIEDADE? Hein?! Nunca os vi a juntarem-se em enérgicos protestos contra as autênticas máfias de taxistas do aeroporto, por exemplo, que por si só seguramente fizeram muito para as pessoas começarem a abrir portas à utilização destes outros serviços, mais não seja pela reputação miserável que dão à classe num todo. Não dava jeitinho? Tivesse dado.

Já nem falo quando uns selvagens que se dizem taxistas se reúnem e agridem brutalmente motoristas Uber e, ocasionalmente, os próprios passageiros. Os coleguinhas deles não se manifestam indignadozinhos nesses casos, não os levam à justiça. Se uma classe profissional se dá ao luxo de pensar que pode cometer uma tal selvajaria, é bom que suem um bom bocado!

Boa sorte, UBER!

Thursday, October 6, 2016

PARABÉNS, António Guterres!


Nem sempre a revolta é a única e exclusiva motivação do Cidadão Revoltado. Esta semana os portugueses, em geral, celebram o facto de António Guterres estar já com um pé bem assento no cargo de Secretário-Geral da ONU.

Digo já que nunca fui fã deste senhor. Não por causa da crise cuja responsabilidade tantos lhe atribuem, longe, e muito antes disso. Pode ser a pessoa mais fantástica deste mundo, um ser humano fenomenal (não conheço, não posso afirmar ou desmentir), mas quis o destino que António Guterres tivesse uma cara demasiado parecida com a do merceeiro aldrabão lá da ruazinha onde cresci. Talvez daí nunca me ter caído muito no goto.

Mas depois de ter ultrapassado tanta fase no processo de selecção, ver uma candidata cair da pára-quedas na última fase, ultrapassando assim todas as etapas anteriores é no mínimo estranho. No extremo pode pensar-se ser de uma baixeza miserável, substituir ao último momento uma candidata da Bulgária por quem ninguém dava nada, por outra supostamente mais capaz, com o apoio do próprio país... e da Alemanha. Por isso, regozijo-me quando vejo que estas manobras, tentativas de manipular um processo que à partida estava pré-definido, resultarem em potencialmente nada.

PARABÉNS, António Guterres!